Ad Veneris Lacrimas
Em meus nervos, a arder,
a alma é volúpia... Sinto
Que Amor embriaga a Íon
e a pele de ouro. Estua,
Deita-se Íon: enrodilha
a cauda o meu Instinto
aos seus rosados pés...
Nyx se arrasta, na rua...
Canta a lâmpada brônzea?
O ouvido aos sons extinto
Acorda e ouço a voz ou
da alâmpada ou sua
O silêncio anda à escuta.
Abre um luar de Corinto
Aqui dentro a lamber
Hélada nua, nua.
Íon treme, estremece.
Adora o ritmo louro
Da áurea chama, a estorcer
os gestos com que crava
Finas frechas de luz na
cúpula aquecida...
Querem cantar de Íon os
dois seios, em coro...
Mas sua alma - por Zeus!
- na água azul doutra Vida
Lava os meus sonhos,
treme em seus olhos, escrava.
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