Escritor: Pedro Killkerry
Cetáceo
Fuma. É cobre o zênite. E Chagosos do flanco
Fuga e pó, são corcéis de anca na atropelada;
E tesos no horizonte, a muda cavalgada.
Coalha bebendo o azul um longo vôo branco.
Quando e quando esbagoa ao longe uma enfiada
De barcos em betume indo as proas de arranco.
Perto uma janga embala um marujo no banco
Brunindo ao sol brunido a pele atijolada.
Tine em cobre o zênite e o vento arqueja o oceano
Longo enforca-se a vez e vez e arrufa,
Como se a asa que o roce ao côncavo de um pano.
E na verde ironia, ondulosa de espelho
Úmida raiva iriando a pedraria. Bufa
O cetáceo a escorrer d' água ou do sol vermelho.
Pedro Kilkerry
Poeticanálise
Pedro Kilkerry não é um poeta simbolista convencional ele reinventa a musicalidade dele utilizando de rimas intercaladas unidas a algumas características pré-vanguardianas. Sua musicalidade, embora comum em poesias simbolistas, se apresentam de um jeito pouco convencional. A técnica de imprimir as imagens do poema são passadas por meio de metonímias e metáforas e ótimas sinestesias. Podemos perceber no poema que o autor dá várias ideias de movimento que se unem e abstratizam o poema, desparnaizando-o .
Ao fazer a análise combinada dele e de Mallarmé vemos um forte semelhança de temas, Mallarmé também possui temas com a marinha que se assemelham a este poema.
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