Cérbero
É, não vens mais aqui...
Pois eu te espero,
Gele-me o frio inverno,
o sol adusto
Dê-me a feição de um
tronco, a rir, vetusto
- Meu amor a ulular... E
é o teu Cérbero!
É, não vens mais aqui...
E eu mais te quero,
Vago o vergel, todo o
pomar venusto
E a cada fruto de ouro
estendo o busto,
Estendo os braços, e o
teu seio espero.
Mas como pesa esta
lembrança... a volta
Da aléia em flor que em
vão, toda transponho,
E onde te foste, e a
cabeleira solta!
Vais corações rompendo
em toda a parte!
Virás, um dia... E à
porta do meu Sonho
Já Cérbero morreu, para
agarrar-te.
Pedro Kilkerry
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