Branca
Sofrendo em suas bases,
Atracando-se nos espinhos,
Pobre figura branca.
Perdida em suas sinapses,
Tresloucada pelas distâncias,
Arrastando sua cruz,
Obtida por tanta truculência.
O suor amaciava a testa.
Sua pele caia inocentemente,
Dando adeus aquele ser.
Segregada por sua cor,
Septada entre o alvo e o rubro
Risível e Deidosa.
Trancada pelos ventos,
Aprisionada na sombra
Transpassa troncos e pedras.
Imune a arapucas venenosas.
Venceu os cadarços,
Deslocou o encalço,
Manobrou-se passo a passo.
Bela criatura branca.
Cícero Vítor
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.