quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Cruz e Sousa

Biografia


João da Cruz e Sousa nasceu em Florianópolis, Santa Catarina em 1861, embora fosse filho de escravos, João foi apadrinhado pelo seu senhor e dele recebeu o sobrenome (Sousa) e uma ótima educação.
Dirigiu o jornal Tribuna Popular em 1881, lutando a favor da causa negra e contra o preconceito. Em 1883 ele foi recusado como promotor de Laguna por ser negro ( o preconceito antigamente era bem mais aberto e forte do que é hoje em dia e o preconceito imposto a ele foi transformado em poesia).  Fugiu com o circo que passava pela cidade, indo até o Rio de Janeiro, em meados de 1890. Ficou lá e começou sua carreira jornalística e literária.Conheceu a mulher  de sua vida (Gavita) com quem se casaria, porém a mulher enlouqueceu em 1896 e acabou por ser cuidada pelo próprio Cruz e Sousa. Morreu com 37 anos (1898) de tuberculose e no seu epitáfio haviam versos do próprio:



"Quem florestas e mares foi rasgando
E entre raios, pedradas e metralhas,
Ficou gemendo, mas ficou sonhando."

Cruz e Sousa



Na Literatura

Na literatura simbolista Cruz e Sousa ficou marcado como o seu estreante (vide Contexto Histórico do Simbolismo) e ficou marcado como o escritor mais importante dentro da escola simbolista nacional. Nas suas obras temas como a loucura (devido ao convívio com Gavita) e luta contra o racismo (em produções iniciais e com evidentes colocações pessoais) são comuns, também valorizava as demais características simbolistas (vide Características do Simbolismo) a sublimação e anulação da matéria para atingir a libertação espiritual.








Obras

O acervo do maior representante do simbolismo brasileiro consta em:


Poesia

"Broquéis" (1893);

"Faróis" (1900);
"Últimos Sonetos" (1905);
"O livro Derradeiro" (1961);

Prosa


"Tropos e Fanfarras" (1885) (em conjunto com Virgílio Várzea);
"Missal" (1893);
"Evocações" (1898);
"Outras Evocações" (1961);
"Dispersos" (1961);





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