Contexto Histórico do Simbolismo
O Simbolismo surgiu no final do século XIX, marcado pelo fim da segunda revolução industrial e uma forte luta entre classes. No Brasil o descontentamento com a situação social era tão claro, mesmo com a proclamação da abolição da escravatura, que as revoltas (como a Revolta de Canudos e a Revolta Armada) desanimaram a população, contribuindo para um sentimento agourento em relação ao próximo século, fatos esses que aumentaram a propensão da entrega ao espírito.
Ainda perante uma disputa tecnológica acirrada e uma corrida industrial ainda maior, que abrangeu lutas por mercado consumidor e matéria-prima. E foram os operários que pagaram pelo crescimento rápido buscado pelos capitalistas. Com a super-exploração da mão-de-obra há uma insatisfação geral dos trabalhadores e eles vão buscar abrigo e refúgio na abstração sentimentalista.
As primeiras manifestações simbolistas já estavam presentes na coletânea Parnasso contemporâneo, através dos poemas de Baudelaire, Mallarmé e Verlaine. Ma só em As Flores do Mal (1857) de Charles Baudelarie que se encontram as diretrizes simbolistas. Embora tenha surgido aí o simbolismo só ganha força no fim do século XIX dando lugar ao que Massaud Misés chama de "conteúdo vago e multitudinário do interior do poeta".
No Brasil o simbolismo estreia em 1893 com Missal (prosa) e Borquéis (poesia), ambos de Cruz e Souza, e termina na Semana de Arte Moderna, em 1922.
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